Spirit

sábado, 15 de maio de 2010

Mudança

___Já o Sol nascia, eram reflectidas no céu ebúrneo cores suaves. Eu, pensando que eram símbolo do meu sentimento senti-me completo, perfeito.
Eu era sozinho, desolado, longe de mim mesmo. Via brilhar no espelho um vulto preto, já não havia rosto, não havia marcas do meu "eu". Surgia agora, sem qualquer pressa, o tom da mudança. Um tom que prometia mudar toda uma existência, a minha. Eu queria mudar, mas aparecia o receio de voltar a falhar. Eis que surge ...
___"Para mim chega, estou farto. Não consigo olhar por vergonha de ti, não consigo estar com medo das palavras. Eu só quero viver... Por que razão começou? Porquê eu?"
___Um sopro apagado, uma palavra deixada, um olhar fugido, foi tudo o que eu consegui. Eu juro, não queria fugir nem deixar-te. Mas a solução era única e a obrigação calcada. Quero sempre correr, fugir aos outros, pensar em mim de uma vez por todas... Eu corro por um caminho indefinido, porque ouvi a tua palavra. É um caminho brilhante, cheio de vida. Eu avanço com calma e sigo o meu instinto, este diz-me que se na vida não houver luta não há felicidade. A ansiedade mata-me e o meu orgulho protege-me. Tenho vontade de andar mais de pressa, mas já sei que não valerá a pena. Eu sei que quando chegar, o que vou ver é a solidão. E tu? Para onde foste? Decidi desistir, mais uma vez, por mim.

___"Deixo-vos com a palavra que só existe na língua Lusitana, SAUDADE"
___
O que é ser feliz? O que é amar?


Palavras e mais:
Nast*

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Eu sinto-me perfeito


Duvido que ouças, espero que corras. Eu gritei, bem lá do fundo, por quem já não esperava. (aluiu) Tentei sentir o que estava a pensar, voltando ao escuro em que vivia... um pesadelo vão... Dizer seria partilhar minúcia isolado, mesmo assim arrisquei de novo num berro por ti (em vão). Queria seguir como ninguém , saltar o amanhã, parar o tempo e ... Ouvi a melodia de um colibri, o rastejar de uma barata, o cair de um riacho. Desejava correr para além do além, manter de pé a cumplicidade, algo que nos unia como um instinto animal (eu sentia-o). Também pensei em alar, nunca mais presenciar a tua figura, ir contra a vontade de um afecto, lutar pelo que te faz feliz, a minha infelicidade (fá-lo-ía por ti). Quando és tu, tu deixas-te, foges de ti e recusas um nós.
Queria sofrer a tua textura, exprimir contigo.
(Acordei)
A minha cabeça dançava com a mente, os cabelos com o vento e eu lutava por mim. Mantive-me hirto, firme para seguir em frente e não olhar. Óbvio, continuava desesperadamente a pensar em ti, sentindo-me fútil e sem feitio. Comparo-te a uma simples fotografia, onde vês, tiras (a fotografia) e guardas.

Jamais te conseguirei

Palavras e mais:
Nast*
Para quê levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos!? - Bob Marley