Spirit

sábado, 12 de junho de 2010

É sempre


Algo me escorria na mente, um sopro gelado. Eu olhava o infinito sem querer testar os limites transversais. Estava sentado em cima de uma pedra dura e sem cor reflectindo o meu porquê. Sem objecções à minha opinião, ela apareceu ou seria eu a perder-me de novo? eu olhava o mar...
Estava a sentir a solicitude e a tranquilidade das ondas suaves, a ouvi-las como quem canta por magia. Havia uma brisa forte que me levava, um tom grave que me ia conquistando. Eu estava ali, sozinho e irritado. Temia a presença dela, receava qualquer toque ou palavra. Vai-te embora, por favor-dizia eu com a alma.

O céu era limpo e de um azul belo, seria o paraíso? Ouvi alguém a chamar por mim HEY!!!!! era uma voz feminina, doce e harmoniosa.Calculei quem seria, voltei-me e vi esse alguém a correr por e para mim. Seria verdade? Eu idulatro-te. Deixa que eu te deseje - ouvia eu. As pegadas ficavam marcadas de uma forma diferente, mais esboçadas. Eu via-a de um jeito fantástico, os cabelos escuros a dançar ao sabor do vento, todo aquele corpo sedutor deslumbrante... Pestanejei, abri os olhos e não a vi. As pegadas haviam desaparecido, o céu ficou nublado e começara a chover. Eu sabia, não devia ter confiado outra vez em ti... em nós...

(que fim...)

Palavras e mais:
Nast*
Para quê levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos!? - Bob Marley